segunda-feira, 9 de junho de 2008

Comentário ao Comunicado do PSD de Vila Nova de Foz Côa

Depois de um longo período de silêncio o maior partido da oposição em Vila Nova de Foz Côa decidiu fazer nova prova de vida que não é mais do que a manifestação pública da incapacidade dos seus dirigentes para intervir efectivamente nos destinos do Concelho, em defesa dos interesses do Fozcoenses. Não conseguindo aceitação dentro de portas, decide pontualmente procurar na imprensa o apoio que lhes vai sendo diariamente retirado pela população.
~
A situação que, se não fosse dramática para a existência do PSD de Foz Côa, poderia ser aceite como número cómico, resume-se apenas a um simples comentário: Como pode esse partido dar nova esperança aos Fozcoenses quando os protagonistas dessa imaginária promessa, são exactamente os mesmos que, em 2005, viram ser-lhe retirada, pelos Fozcoenses, a confiança para gerirem os destinos do Concelho?
~
Tudo o resto, nesse amontoado de verborreia demagógica, a que decidiram dar o nome de “comunicado”, resume-se a devaneios eleitoralistas, misturados com a mais descarada mentira.
~
Quem é que, no seu perfeito juízo, poderá acreditar que o Presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, ofenderia a honra de todos os Almendrenses, comparando a muito estimada freguesia de Almendra a um bordel? A intenção dessa atoarda é evidente aos olhos de todos os Munícipes, mas fere a dignidade das pessoas que a protagonizam e envergonha aqueles que neles depositaram a sua confiança eleitoral. Na Assembleia Municipal de 28 de Maio, o Presidente da Junta de Freguesia de Almendra fez uma intervenção lamentável, de ataque doentio ao Presidente da Câmara Municipal. A essa intervenção respondeu textualmente o Dr. Emílio Mesquita:
~
“o chorrilho de disparates, asneiras, mentiras e más intenções é tal – para além de que todo este discurso está escrito, pode registá-lo, pode ficar arquivado – que parece conversa, digamos, de alguém que dirige um bordel ou que passa o tempo no soalheiro (…). Todo o discurso que foi feito e que, para além da gravação, está impresso em papel, é uma miséria e eu tenho que dizer que, de facto, aquilo não é próprio de uma assembleia. E, com isto, só quero dignificar a Assembleia, só quero dignificar a Junta de Freguesia, só quero dignificar as instituições e aqueles que as representam”.
~
Dizer que com estas palavras, o Presidente da Câmara Municipal comparou Almendra a um Bordel é das manobras mais degradantes que temos visto na política concelhia, e mostra onde chega a miséria humana daqueles que querem candidatar-se a governar o Concelho. (A gravação respectiva encontra-se na Câmara Municipal à disposição de quem o deseje).
~
Quem é que poderá questionar a gestão rigorosa e competente que tem resultado nas melhores percentagens de execução orçamental da Câmara Municipal? - no último ano foi precisamente atingida a maior taxa de execução orçamental de sempre. Apenas aqueles que, no maior despudor, escondem a verdade dos factos poderão fazer afirmações tão falsas. E a verdade dos factos é que essa gestão tem sido feita diante de inúmeras dificuldades resultantes de compromissos não cumpridos pelos executivos anteriores. Até a água o Município não a pagava havia quase dois anos – mais de 150.000 contos em dívida, só de água, herdou o actual Executivo, para não falar do resto. Mas ainda assim este foi certamente o primeiro Executivo Municipal que, em quase três anos de gerência, não contraiu um único empréstimo bancário e que, dada a sua prudente gestão da despesa, figura na lista das primeiras entidades públicas, a nível nacional, que pagam as suas dívidas no mais curto prazo de tempo (como amplamente foi noticiado pela comunicação social).
~
É natural que as receitas não tenham coberto as despesas, nunca as cobrem, como acontece com todos os Municípios do interior e das pequenas cidades, e como sempre aconteceu no Município de Foz Côa. O que sucede é que as anteriores contas de gerência não revelavam esse facto porque os anteriores responsáveis autárquicos pediam empréstimos que entravam como receita e, por esta via, exclusivamente, se camuflavam as contas. É preciso que os Fozcoenses saibam que era com este expediente que as anteriores gestões autárquicas conseguiam ter mais receitas que despesas: empréstimos bancários que, nas contas do Município, entravam como receita!
~
Assim, anda o Municipio a pagar inúmeros empréstimos, sucessivamente contraídos, alguns que já vêm desde 1996. Mas não há nenhuma situação dramática, a despesa foi apenas maior do que a receita em 213.940 euros, pelo que as afirmações do PSD só não são ridículas pela sua má fé.
~
Não se compreende como pode esta gente continuar a lutar politicamente só com base na mentira. Formas de estar como esta indignam-nos, desgastam, cansam, mas sobretudo envergonham a boa gente de qualquer terra. Mas nada disto afecta a determinação do actual Executivo e do Partido Socialista em continuar a trabalhar arduamente na construção de um Concelho mais próspero e desenvolvido. Os resultados deste esforço serão avaliados no próximo acto eleitoral, onde nos apresentaremos mais fortes que nunca. E acreditamos convictamente que do voto popular sairá o reforço da legitimidade democrática para manter o Partido Socialista à frente dos destinos do Concelho. É essa a evidência que o Partido Social Democrata procura desesperadamente esconder. O seu discurso de maledicência repete-se, não passam daqui, não são capazes de mais - precisávamos era de propostas e de cooperação em tudo o que é bom para o nosso Concelho. Mas quanto a isso, deste PSD, já não há nada a esperar!